segunda-feira, 3 de junho de 2013

VASOPRESSINA


 

 

 

 

 

 

 

PROTOCOLO PARA PRESCRIÇÃO DE VASOPRESSINA

 

 

 

Vasopressina é um nonapeptídeo sintetizado nos núcleos supraópticos e paraventricular do hipotálamo, transportado e armazenado na neurohipófise, de onde é liberado para a circulação sistêmica.

A liberação de vasopressina se dá por aumentos de osmolaridade e queda de volemia.

Outros estímulos podem liberar vasopressina, como hipercapnia, hipóxia, hipertermia, dor, náusea, morfina e nicotina.

As vasopressina atua em cinco receptores específicos. O receptor V1 (V1R) é o responsável pela vasoconstrição da musculatura lisa. O mecanismo envolve aumento do cálcio intracelular. Outros receptores são V2, responsável pelo efeito antidiurético; V3, de caracterização recente, aumenta a secreção do hormônio adrenocorticotrófico. O receptor de Oxitocina e o receptor Purinérgico (P2) também se ligam à vasopressina.

A vasopressina têm uma meia-vida no plasma de 10 minutos.

As interações fisiológicas principais são com os receptores de Angiotensina II que dessensibilizam os receptores V1 e na modulação da atividade dos receptores beta-adrenérgicos.

Vasopressina é utilizada com diversas indicações de dois modos, aproveitando o seu efeito vasoconstritor intenso nas doses maiores em bolus ou então em infusão, visando a reposição hormonal.

No caso de infusão, a recomendação atual é que a dose não deve exceder 0.04 UI/min e deve ser utilizada em associação com noradrenalina quando a dose dessa exceder 0.5 mcg/kg/min.

Na injeção em bolus, a dose é de 2 a 4 unidades; ou de 40 Unidades na Parada Cardiocirculatória em substituição à adrenalina (recomendações de 2005 da American Heart Association)

Na vasodilatação que acompanha a sepse, ela tem sido empregada em infusão, sempre em associação com noradrenalina para manter a adequada perfusão tecidual (0.03 U/min).

O emprego de doses em bolus seguidas de infusão de vasopressina promove intensa vasoconstrição esplâncnica. A vasoconstrição visceral intensa melhora hemorragias locais e mantem perfusão cerebral e miocárdica, mas também promove isquemia tecidual que pode ser tolerada se não for prolongada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

INDICAÇÕES E POSOLOGIAS

 

Ø  Prevenção e tratamento de distensão abdominal pós-operatória,

Via SC ou IM: Dose 5U a 10U

 

Ø  Radiografia abdominal

Via IM: 2 injeções de 10U (2h antes do exame e 30 min antes da exposição dos filmes)

 

Ø  Diabetes insipidus,

Via SC ou IM

Adultos:Dose 5 a 10U,repetidas 2 a 3X/dia se necessário

Pediatria: Dose 2,5 a 5U a cada 6 a 8 horas.

Via EV: Por acesso central: 0,001 a 0,003U/kg/h

 

Ø  Hemorragia gastrintestinal

Via EV

Adultos: Iniciar com 0,2U/min e aumentar em 0,2U/min cada hora até controle da hemorragia, associar ou não com Bolus de 20U, administrado acima de 30 min.

Pediatria: Dose 0,01U/kg/min

 

Ø  Fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular refratária à desfibrilação elétrica e assistolia e ressuscitação cardíaca

Via EV:40U em dose única, seguida de bolus de água destilada ou SF (20ml)

 

Ø  Choque com vasoplegia e Choque após a circulação extra-corpórea

Via EV: Dose: 0,01 a 0,04 U/min infusão contínua, por 24 a 96h, em associação com noradrenalina.

 

Ø  Choque séptico

Via EV: Dose 0,03 U/min infusão contínua, por 24 a 96h, em associação com noradrenalina.

 

 

CONTRA-INDICAÇÕES

 

Ø  Hipersensibilidade aos componentes da fórmula,

Ø  Nefrite crônica com retenção de nitrogênio.

 

 

REAÇÕES ADVERSAS

 

Anafilaxia, parada cardíaca, palidez perioral, arritmias, diminuição do débito cardíaco, angina, isquemia do miocárdio, gangrena, cólicas abdominais, náusea, vômito, eliminação de gases, tremor, vertigem, sensação de 'pulsação' na cabeça, constrição brônquica, sudorese, urticária, gangrena cutânea.

 

APRESENTAÇÃO

Solução injetável de 20 U/ml: Caixa com 10 ampolas de 1 ml.