quinta-feira, 23 de maio de 2013


PROTOCOLO DE PRESCRIÇÃO DE IMUNOGLOBULINA

Conforme Consulta Pública ANVISA nº 36, de 20 de maio de 2004

 

 
 
 
 
 
 
ETIQUETA
 
 
 
 
 

Peso:___________________

Diagnóstico:______________________________________________________________

Justificativa /Quadro Clínico:_____________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Posologia: _______________________________________________________________

 

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               Médico                                                                        Médico Preceptor

 

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             Data                                                                                 Farmacêutico      

 

O médico deverá assinalar o item correspondente à indicação da imunoglobulina, descrever a posologia e escrever breve resumo do quadro clínico.

 
O farmacêutico deverá avaliar o Protocolo quanto ao seu preenchimento adequado, conferir a posologia e encaminhar para análise da auditoria antes da dispensação.

O auditor considerará as indicações formais, as aceitáveis e as experimentais, todas após análise do quadro clínico do paciente.

Em todos os casos haverá necessidade de autorização final da Superintendência.

 

Indicações formais
(  )Reposição de imunoglobulinas em Imunodeficiências Primárias - 300 a 400 mg/Kg de peso, aplicada uma vez por mês.
(  )Infecções recorrentes em pacientes pediátricos HIV positivos - 200 a 400 mg/Kg de peso, administrada a cada duas a quatro semanas.
(  )Prevenção de infecções e de doença enxerto versus hospedeiro pós TMO - 200-400 mg uma vez por semana, por  até 3 meses.
(  )Prevenção de aneurisma de artéria coronária em pacientes com Doença de Kawasaki - 2g/Kg de peso, em  dose única.
(  )Aumento da contagem de plaquetas em pacientes com púrpura trombocitopênica idiopática - PTI, para prevenir ou controlar sangramento - 800 mg a 1g/Kg de peso, que pode ser repetida 2 a 3 dias depois,  OU  400 mg/Kg de peso durante 2 a 5 dias.
(  )Síndrome de Guillain-Barré - 400 mg/Kg de peso,  por 3 a 7 dias
(  )Purpura Neonatal Alo- Imune - 400 mg/Kg de peso por 3 a 5 dias  OU 1g/Kg de peso por semana, até o parto.
(  ) Sindrome de LYELL - 2 g/Kg de peso em dose única.
Indicações Aceitáveis
 
Indicações Experimentais
 
Indicações não fundamentadas
(  )Polirradiculoneuropatias desmielinizantes crônicas - 400 mg/Kg, durante 5 dias, OU  2g/Kg, em dose única
(  )Prevenção de abortos recorrentes
(  )Autismo
(  )Miastenia Gravis - 400 mg/Kg de peso, durante 3 a 5 dias, OU  2 g/Kg de peso, em dose única
(  )Asma brônquica
(  )Anemia aplástica
(  )Dermato/polimiosite
(  )Inibidor adquirido de fator VIII- 400 mg/Kg por 5 dias
(  )Anemia de Diamond-Blackfan
(  )Doença do Neurônio Motor - 2g/Kg de peso
(  )Inibidor adquirido de fator de von Willebrand
(  )SIDA em adultos
(  )Esclerose múltipla - 400 mg/Kg de peso, durante 5 dias
(  )Anemia Hemolítica Auto-imune
(  )Infecção por rotavirus e enterocolite necrotizante em RN
(  )Vasculites ANCA-positivas - 2 g/Kg de peso, em dose única
(  )Neutropenia Auto-imune
(  )Síndrome da fadiga crônica
(  )Retinopatia de Birdshot - 1,6g/kg de peso, a cada 4 semanas, por 6 meses
 
(  )Lupus eritematoso sistêmico
(  )Fibrose cística
(  )Aplasia de medula óssea por Parvovirus B19
(  )Rejeição de transplante renal e de órgãos sólidos
 
(  )Púrpura pós-transfusional - 500mg a 1g/Kg de peso, 3 a 5 dias
(  )Epilepsia pediátrica intratável
 
(  )Doença Inflamatória intestinal
(  )Dengue Hemorrágica
 
(  )Sepsis
(  )Doença de Behçet
 
(  )Síndrome da pessoa rígida
(  )Artrite reumatóide juvenil grave
 
(  )Oftalmopatia de Graves
(  )Doença Hemolítica Peri-Natal
 
(  )Polineuropatia diabética
(  )Prevenção de infecções em recém-nascidos
 
(  ) Sindrome de Stevens -Johnson Dose única : 1g/k . repetir após 3 dias se necessário.
 

Parecer da Auditoria                           FAVORÁVEL (  )                                   DESFAVORÁVEL (  )

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                 Médico Auditor                                                     

 

 Parecer Superintendência:          FAVORÁVEL (  )                               DESFAVORÁVEL (  )  _________________________________________________________________________

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                Superintendente

quinta-feira, 9 de maio de 2013

MARCADORES TUMORAIS


 

 MARCADORES TUMORAIS

 

Marcador tumoral é uma substância presente no tecido tumoral, no sangue ou em outros fluidos biológicos, produzida primariamente por ele ou, secundariamente, em resposta à presença do tumor.

Alguns marcadores tumorais são a expressão de substâncias normalmente presentes em tecidos embrionários mas ausentes no tecido adulto. Nos pacientes com alguns tipos de câncer, estas proteínas reaparecem em circulação, demonstrando que certos genes foram reativados como decorrência da transformação neoplásica das células.

A maioria dos marcadores tumorais disponíveis atualmente não possui graus de especificidade e sensibilidade adequadas, limitando o processo diagnóstico e terapêutico das neoplasias. Alguns, porém, possuem sensibilidade e especificidade suficientes para que possam ser utilizados no acompanhamento da evolução da doença no paciente previamente diagnosticado e submetido a algum tipo de tratamento, possibilitando o diagnóstico precoce da recorrência.

Eles podem ser: Enzimas ou isoenzimas, hormônios, antígenos oncofetais, antígenos presentes na superfície da célula neoplásica, oncogens, os genes supressores e os produtos protéicos dos oncogens.

Os marcadores tumorais são divididos em 5 categorias:
- Enzimas e proteínas

- Glicoproteínas

- Glicoproteínas mucinas

- Hormônios

- Moléculas do sistema imune

 

Os marcadores tumorais podem ser utilizados com diversas finalidades, das quais se destacam o estabelecimento do prognóstico de pacientes portadores de neoplasias, a monitorização da eficiência da terapêutica e a detecção precoce de recorrência.

Características específicas da população na qual será aplicado e do próprio marcador podem permitir ou inviabilizar sua utilização para um determinado fim. Como regra geral, são as seguintes as potenciais aplicações clínicas dos marcadores tumorais:

- Triagem populacional

- Diagnóstico diferencial em pacientes sintomáticos

- Estadiamento clínico

- Estimativa de volume da massa tumoral

- Indicação prognóstica da evolução da doença

- Avaliação da resposta terapêutica

- Detecção precoce da recorrência

- Localização de metástases

- Imunorradioterapia

 

MARCADOR
ORGÃO / TUMOR
TABELA / CÓDIGO
PSA – ANTIGENO PROSTATICO ESPECIFICO
PROSTATA
SUS /
020203010-5
CK BB CREATINOQUINASE BB
PROSTATA, PULMÃO, COLON, OVARIO
SUS / 020201032-5
DHL – DESIDROGENASE LÁCTICA
LEUCEMIA LINFOBLASTICA, FÍGADO
SUS / 020201036-8
ENOLASE NEURONIO ESPECÍFICA
SISTEMA NERVOSO, PELE, PULMÃO
CBHPM / 4030179-6
GAMA GT
FÍGADO
SUS / 020201046-5
FOSTATASE ÁCIDA PROSTATICA
PROSTATA
SUS / 020201044-9
FOSFATASE ALCALINA
OSSO (SARCOMA OSTEOGENICO), FÍGADO, LEUCEMIA
SUS / 020201042-2
ACTH, TSH
PULMÃO (PEQ CEL)
SUS / 020206008-0 E 020206025-0
ADH - VASOPRESSINA
PULMÃO, PANCREAS
CBHPM / 4031656-4
CALCITONINA
CARCINOMA MEDULAR DE TIREOIDE
SUS / 020206012-8
GONADOTROFINA CORIÔNICA
CELULAS GERMINATIVAS, CORIO CARCINOMA
SUS / 020205025-9
GH – HORMONIO DO CRESCIMENTO
HIPOFISE, RIM, PULMÃO
SUS / 020206022-5
PARATORMÔNIO
FIGADO, RIM, PULMÃO, MAMA
CBHPM / 4030546-5
PIV – PEPTIDEO INTESTINAL VASOATIVO
PANDREAS, PULMÃO (CA BRONCOGÊNICO)
EXCEPCIONAL
ALTO CUSTO
PROLACTINA
HIPOFISE, RIM, PULMÃO
SUS / 020206030-6
HPTH – PEPTIDEO PARATORMONIO-RELACIONADO
RIM
 
MSA – HORMONIO MELANOTROFICO
HIPOFISE
 
AMINAS NEUROGENICAS
NEUROBLASTOMA E FEOCROMOCITOMA
 
METABÓLITOS DA SEROTONINA
SINDROME CARCINÓIDE
SUS / 020206007-1
PROT BENCE JONES
MIELOMA MULTIPLO
CBHPM / 4031120-1
AMILASE
PANCREAS
SUS / 020201018-0
CA 125
OVARIO, COLORRETAL
SUS / 020203121-7
CEA
GASTROINTESTINAL, PANCREAS, PULMÃO, MAMA
SUS / 020203096-2
AFP
CARCINOMA HEPATOCELULAR, CELULAS GERMINATIVAS
SUS / 020203009-1
FOSFATASE ALCALINA PLACENTÁRIA
CELULAS GERMINATIVAS
 
TRANSFERASE TERMINAL
LEUCEMIA
 
CA 15.3
MAMA
CBHPM / 4031637-8
M 26
MAMA
CBHPM / 4031637-8
M 29
MAMA
CBHPM / 4031637-8
MCA –ANTIGENO MUCÍNICO CARCINOMA ASSOCIADO
MAMA
CBHPM / 4030751-4
BR 27
MAMA
 
CA 19.9
GASTROINTESTINAL
CBHPM / 4031637-8
CA 195
GASTROINTESTINAL
CBHPM / 4031637-8
CA 245
GASTROINTESTINAL
CBHPM / 4031637-8
TAG 72 – GLICOPROTEINA TUMOR ASSOCIADA          CA 72.4
GASTROINTESTINAL, OVARIO
CBHPM / 4031637-8
CYFRA 21.1 – FRAGMENTOS SOLÚVEIS DE QUERATINA
PULMÃO (NÃO PEQ CEL)
CBHPM / 4031637-8
SCC – ANTIGENO DO CARCINOMA ESCAMO-CELULAR
CARCINOMA ESCAMO-CELULAR
 
MUTAÇÃO P23
MAMA
 
CA 27.29
MAMA
CBHPM / 4031637-8
CA 50
COLON, PULMÃO, MAMA, UTERO
CBHPM / 4031637-8
CA 242
PANCREAS
CBHPM / 4031637-8
CA 549
MAMA
CBHPM / 4031637-8
CATEPSINA D
MAMA
 
FERRITINA
DÇA HODGKIN, COLON, RETO, TESTICULO, PROSTATA, FIGADO, LEUCEMIA, MIELOMA MULTIPLO
SUS / 020201038-4
CROMOGRANINA A
FEOCROMOCITOMA, PULMÃO (PEQ CEL)
EXCEPCIONAL, DE ALTO CUSTO

 

 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTIGENO PROSTATICO ESPECIFICO - PSA

O PSA foi descrito em 1971 por Hara e col.1 sendo, posteriormente caracterizado como uma proteína com 240 aminoácidos, com ação enzimática equivalente às proteases e pertencendo à família das calicreínas.
Em 1979 foram descritos os primeiros testes imunoenzimáticos sensíveis para quantificar o PSA com limite de detecção entre 0,1 e 0,2 ng/mL.

Inicialmente, considerava-se que o PSA fosse específico de tecido prostático, mas, a partir do emprego de metodologias mais sensíveis e da realização de estudos imunohistoquímicos, ficou evidente a presença desta proteína em células de glândulas anais. Posteriormente, vários autores descreveram a presença de PSA em outros tecidos, tais como glândulas periuretrais, mamárias, salivares, pancreáticas e nos demais líquidos corporais além do soro, como leite, líquido amniótico e urina.

O PSA existe no soro de duas formas: livre e complexado. No indivíduo normal, cerca de 85% a 90% do PSA total dosável estão complexados com proteínas inibidoras de protease, principalmente alfa-1-antiquimiotripsina e, em menor quantidade, com alfa-1-antitripsina. Os 10% a 15% restantes permanecem livres, em circulação. Uma quantidade não mensurável pelos métodos habituais circula complexado à alfa-2-macroglobulina.

Cerca de 80% dos pacientes com câncer de próstata apresentam, quando do diagnóstico, PSA sérico total acima de 4,0 ng/mL, considerado como valor de corte. Por outro lado, cerca de 85% dos pacientes com hiperplasia benigna da próstata também terão valores acima de 4,0 ng/mL. Estes dados evidenciam, claramente, que o PSA total não possui acurácia diagnóstica suficiente para ser utilizado isoladamente, fornecendo um valor preditivo positivo da ordem de 50%.

Em casos particulares, especialmente em pacientes portadores de hipertrofia benigna, a prática de hipismo e o uso de bicicleta, mesmo ergométrica, têm sido responsabilizados por elevações significativas de PSA, devendo ser respeitado um intervalo de, pelo menos, duas semanas entre estas atividades e a coleta de sangue para o exame.

Deve ser lembrado que de 65% a 75% dos homens com moderada elevação do PSA total não desenvolverão a doença e que aproximadamente 15% dos pacientes com câncer de próstata manterão níveis normais, independente da evolução fatal.

 

CREATINOQUINASE BB – CK BB

A creatinoquinase (CK) é uma enzima que desempenha importante papel na geração de energia para o metabolismo muscular. Está presente, predominantemente no tecido muscular, mas é também encontrada no tecido cerebral.

A CK apresenta-se como um dímero composto por qualquer combinação entre dois monômeros M ou B. As combinações resultam nas isoenzimas BB, MB e MM. A CK dos músculos esqueléticos é quase exclusivamente da fração MM (97-99%), sendo o restante composto pela fração MB. A CK presente no miocárdio é basicamente formada pela fração MM (75-80%), porém com maiores quantidades da fração MB (15-20%). A CK cerebral é composta exclusivamente pela fração BB. No soro normal, a CK total é representada principalmente pela fração MM.

A CK-BB é encontrada frequentemente em pacientes com doença maligna, especialmente câncer de próstata, carcinoma de células pequenas do pulmão, e doenças malignas intestinais.

A eletroforese de CK permite a separação das isoenzimas em três frações (MB, BB, MM), permitindo a detecção de mudanças nos padrões característicos. A CK-MM é a única isoenzima encontrada no soro normal, estando elevada nas lesões de músculo esquelético, miocárdio e cerebral. A CK-MB pode estar presente em concentrações baixas no soro normal estando elevado no infarto agudo do miocárdio, distrofia muscular de Duchene, polimitose, mioglobinúria e rabdomiolise. A CK-BB pode ser encontrada no soro de pacientes com carcinoma prostático, outros carcinomas, lesão cerebral, choque, insuficiência renal crônica, síndrome de Reye e hiperpirexia maligna.

DHL – DESIDROGENASE LACTICA

Em 1954 Hill & Levi  demonstraram elevação do nível sérico de DHL (Desidrogenase Láctica) em pacientes portadores de câncer comparado a níveis séricos de pacientes com outras doenças inflamatórias.

Da mesma maneira Bierman & Levy em 1957 observaram aumento do nível sérico de DHL em pacientes com linfomas e leucemias.

Sob o ponto de vista bioquímico, a célula neoplásica apresenta uma elevada taxa de glicólise comparada à célula sadia e a produção de lactato mesmo em presença de oxigênio é uma característica.

A enzima DHL cataliza o último passo da glicólise, onde o piruvato é reduzido a lactato as expensas de elétrons originariamente doados pelo 3-fosfogliceraldeido. O equilíbrio geral desta reação química tende para a direita, promovendo a formação de lactato. A enzima DHL se apresenta em pelo menos 5 formas moleculares diferentes, ou isoenzimas, com capacidades diferentes de promover a redução da concentração de piruvato.

Seu nível sérico elevado encontrado em diversas situações   neoplásicas deve-se não só ao aumento de produção pela excessiva massa celular tumoral, como também pela diminuição do clearence enzimático que decorre da disfunção da medula óssea, fígado e sistema imune promovida pela doença neoplásica de base.

Nos pacientes portadores de Linfoma não-Hodgkin, há uma estreita correlação entre nível sérico de DHL e atividade da doença.

Nas Leucemias Linfocíticas Agudas (LLA), níveis elevados da enzima puderam ser relacionados a pior prognóstico.

0 nível sérico de DHL mostrou também ser de valor prognóstico, comparado a outras características, em uma análise multifatorial, mostrando ser uma ferramenta útil em identificar, entre os pacientes com LLA, básico, aqueles com maior risco de recidiva.

Outro grupo de tumores onde o papel da enzima DHL foi bastante estudado é o grupo dos Neuroblastomas.

Desta maneira, o nível sérico de DHL ao diagnóstico, por ser um método laboratorial simples, embora não específico, e parece ser um bom marcador de atividade tumoral.

A sistemática elevação de seus níveis por ocasião das recidivas, em pacientes com doença controlada previamente, pode sugerir que a determinação seriada de seus níveis seja de valor clínico para a identificação precoce de recidivas tumorais.

 

ENOLASE NEURONIO-ESPECÍFICA

A enolase neurônio-específica (NSE - Neuron Especific Enolase) é uma enzima glicolítica (2-fosfo-D-glicerato hidrolase) que existe na forma de diversas isoenzimas diméricas: alfa-alfa, alfa-beta, beta-beta e gama-gama. As isoenzimas gg e ag são também conhecidas como enolases neurônio-específica (NSE) que são encontradas principalmente nos neurônios e nas células neuroendócrinas.

Concentrações elevadas de NSE são detectadas em pacientes com carcinoma medular de tireóide, tumores de células da ilhota pancreática, feocromocitoma, neuroblastoma e carcinoma de pequenas células de pulmão (SCLC). É um marcador diagnóstico de relativa especificidade (85%) para carcinoma de pequenas células de pulmão. Pode ser usado para monitorar os efeitos da terapia e indicar recidivas antes das evidências clínicas.

Serve para monitoramento de progressão e tratamento de pacientes com carcinoma de células pequenas pulmonares e outros tumores. A enolase é uma enzima que tem como função catalisar a transformação de 2-fosfoglicerato em fosfoenolpiruvato.


GAMA GT

Enzima encontrada em vários tecidos: rins, cérebro, pâncreas e fígado (quase a totalidade da gama GT corpórea está presente nos hepatócitos). No fígado, esta enzima está localizada nos canalículos das células hepáticas e particularmente nas células epiteliais dos ductos biliares.

A GAMA GT aparece elevada em quase todas as desordens hepatobiliares, sendo um dos testes mais sensíveis no diagnóstico destas condições

Devido aos efeitos do consumo de álcool nos níveis de gama GT, se aceita este como um marcador sensível de alcoolismo crônico (embora não seja um marcador específico), especialmente quando seus aumentos não são acompanhados de aumentos similares de outras enzimas hepáticas. Portanto, sua determinação parece mais efetiva no monitoramento do tratamento de indivíduos já diagnosticados.

Valores aumentados: doenças hepáticas em geral (hepatites agudas e crônicas, carcinomas, cirrose, colestase, metástases etc.), pancreatites, infarto agudo do miocárdio, lupus eritematoso sistêmico, obesidade patológica, hipertireoidismo, estados pós-operatórios, carcinoma de próstata, uso de medicamentos hepatotóxicos ou capazes de ativar indução enzimática (barbituratos, fenitoína, antidepressivos tricíclicos, acetaminofen).

Valores de referência: Homens: 10,0 a 71,0 U/L, Mulheres: 8,0 a 42,0 U/L

FOSFATASE ÁCIDA E FOSFATASE ÁCIDA PROSTÁTICA (PAP)

A fosfatase ácida, primeiro marcador utilizado em câncer de próstata, tem utilidade limitada, pois mesmo após a remoção cirúrgica da próstata, níveis séricos do marcador podem ser detectados, e uma série de neoplasias, além de doenças renais, ósseas e esqueléticas, pode alterá-los. Valores anormais da PAP e valores na metade superior da faixa normal sugerem acometimento ósseo em mais de 80% dos casos; no entanto, níveis normais não significam ausência de doença extra-prostática.

Os pacientes com carcinoma de próstata confinados dentro da cápsula normalmente apresentam níveis normais da fosfatase ácida sérica; já nos casos com metástases, mais da metade dos pacientes apresenta níveis elevados. Níveis alterados podem ser observados em pacientes com hipertrofia benigna de próstata, retenção urinária de monta e após manipulação prostática.

ALFA – 1- FETOPROTEINA


A alfa-fetoproteína (AFP) é a principal glicoproteína plasmática precoce do feto humano. É sintetizada pelo fígado fetal, seus níveis se elevam durante a 14a semana de gestação, atingindo os índices normais do adulto em 6 a 10 meses após o nascimento. Em adultos, está presente em níveis baixos em homens e em mulheres não-grávidas saudáveis.

Em pacientes com carcinomas hepatocelulares e tumores testiculares (não-seminomas), encontram-se níveis elevados. Valores elevados também podem ser encontrados em cerca de 20% dos carcinomas gástricos e pancreáticos e em um pequeno percentual de carcinomas de pulmão e de cólon.

Nem sempre as elevações de AFP estão associadas a malignidade. Os níveis podem estar elevados em doenças inflamatórias do fígado, como hepatite viral, hepatite crônica e cirrose hepática. Níveis altos de AFP também podem estar presentes em doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn, e na colite ulcerativa, que também produzem elevações de antígeno carcinoembrionário (CEA).
A maior indicação da determinação de AFP é o monitoramento do tratamento de carcinomas hepatocelulares e de tumores testiculares (não-seminomas) e de suas recidivas. Após o tratamento, os valores retornam ao normal dentro de 4 a 6 semanas. O aumento após esse período ou a permanência de valores elevados indicam, respectivamente, recidiva e persistência da doença.

Os níveis de AFP estão correlacionados ao tamanho do tumor. Nos tumores testiculares, é utilizada em associação com a beta-gonadotrofina coriônica (bHCG), sendo extremamente útil no diagnóstico diferencial. Os seminomas cursam com AFP negativa e bHCG elevada; nos não-seminomas, ambas se elevam.

É inútil a sua utilização como rastreamento na população, por causa de significativas elevações em diferentes patologias, benignas e malignas.

CEA

O CEA foi primeiro identificado em 1965 em extratos de carcinoma de cólon humano e em células de cólon fetais. Ele existe em baixos níveis na mucosa do cólon normal, pulmão e tecido da mama, e é achado no soro associado com várias malignidades. É usado especialmente no monitoramento de tumores gastrointestinais, particularmente no câncer de colorretal. Cerca de 63% de pacientes com câncer de colorretal têm elevações de CEA. Quando presente, o CEA se correlaciona histologicamente e com a fase do tumor. Níveis pré-operatórios muito altos são prognósticos de altas taxas de retorno e baixas taxas de sobrevivência. Se o tumor secreta CEA, este pode ser usado para monitorar a eficácia da remoção cirúrgica do tumor, bem como para monitorar a recidiva da doença.
Sua avaliação não é recomendada para screening por causa da incidência de elevação de CEA em outras doenças inflamatórias.

ANTIGENO CARCINOEMBRIONARIO


O antígeno carcinoembrionário (CEA) é normalmente sintetizado e secretado pelas células que revestem o trato gastrointestinal do feto e em pequenas quantidades no adulto. Em situações normais, é eliminado pelo intestino. Em desordens benignas e malignas do trato gastrointestinal, pode ser detectado no sangue circulante.

Não é um antígeno órgão-especifico. A detecção no soro associa-se a várias malignidades como as de estômago, pâncreas, gastrointestinais, mama, pulmão e ovário.

O antígeno carcinoembrionário está presente em doenças benignas como hepatopatias, pancreatites, enfisema pulmonar, doenças benignas da mama, colite ulcerativa, doença de Crohn e pólipo retal. Níveis mais elevados são encontrados em tabagistas.

O CEA é usado na monitoração de tumores gastrointestinais, particularmente no câncer colorretal. Segundo o The National Cancer Institute, o CEA é o melhor método não-invasivo para    acompanhamento do câncer colorretal.

Níveis pré-operatórios muito altos são prognósticos de altas taxas de recidiva e de baixas taxas de sobrevida. O CEA pode ser usado para monitorar a eficácia do tratamento, a recidiva da doença local ou metastática. Elevações dos níveis de CEA são maiores nas metástases e menores na recidiva local. Os níveis mais altos são encontrados nas metástases ósseas e hepáticas.

No curso de quimioterapia ou de radioterapia, os níveis séricos podem elevar-se temporariamente. Sua avaliação pós-operatória deve ocorrer em torno da 4a semana.

Sua avaliação não é recomendada como screening, devido à incidência de elevação de CEA em outras patologias.

Cerca de 63% dos pacientes com câncer colorretal têm elevações de CEA. As alterações se correlacionam ao estagiamento do tumor. Apresenta-se alterado em 20% dos pacientes em Duke A, 58% em Duke B e 68% dos casos em Duke C.

A avaliação bimensal é recomendada durante os primeiros 2 anos após a cirurgia; nos anos subseqüentes, as avaliações podem ser mais espaçadas, até completar 5 anos.

Em outros tipos de câncer em que o CEA é detectado, os níveis no pós-operatório podem ser úteis no acompanhamento da terapia e na identificação do aparecimento da doença metastática, especialmente nos carcinomas de mama associados com CA 15-3 e os de pâncreas associados ao CA 19-9.

GONADOTROFICA CORIÔNICA

O HCG é secretado através do sinciciotrofoblasto placentário. A cadeia alfa dessa molécula compartilha seqüência homóloga com hormônio luteinizinante (LH), mas a cadeia beta é única. O beta-HCG é normalmente encontrado no soro e na urina durante a gravidez. Porém, pode também estar presente em 10% dos pacientes com doença inflamatória intestinal benigna, úlcera duodenal e cirrose hepática.

Além disso, o beta-HCG é achado em quase 100% dos pacientes com tumores trofoblásticos e em 10% a 40% de tumores de células não-germinativas, como carcinoma do pulmão, mama, trato GI e ovário. Em pacien-tes com tumores trofoblásticos (células germinativas) comoseminomas, teratomas e coriocarcinomas, o beta-HCG é muito útil diagnosticando, monitorando terapia, prevendo o aparecimento de metástases e predizendo o fracasso de tratamento ou recidivas da doença.

Quando avaliado em combinação com AFP, torna-se particularmente útil na detecção dos seminonas.

O câncer testicular apresenta um pico de incidência em homens entre 30 e 40 anos, sendo 10 vezes mais freqüente em pacientes com história de criptorquidismo. Pode ser observada apenas a presença de nódulo indolor, ou ainda de dor, disúria, perda de peso, feminilização, ginecomastia e diminuição da libido.

Mais de 95% dos tumores testiculares se originam nas células germinativas dos túbulos seminíferos. Geralmente são malignos. Os tumores de células germinativas podem ser divididos em seminomas e não-seminomas. Os não-seminomas mais comuns são os tumores de células embrionárias, o teratoma e o coriocarcinoma. A presença de alfafetoproteína (AFP) elevada indica a presença de um não-seminoma, já que os seminomas não a secretam.

Apenas 7 a 16% dos seminomas secretam HCG total, e cerca de 20 a 50% secreta também suas frações livres. Por isso, como já citado, a utilização de métodos capazes de detectar o HCG total e suas frações aumenta a possibilidade diagnóstica. A realização do exame histológico do material de punção testicular é fundamental para diferenciar seminomas de não-seminomas.

Na gravidez normal, a secreção de HCG é detectável entre 7 a 10 dias após a fertilização e se eleva, alcançando níveis máximos com 8 a 10 semanas de gestação. Após a 12a semana, seus níveis começam a diminuir, até alcançarem um platô.

Níveis menores do que 5 mUI/mL podem ser encontrados em mulheres não-grávidas, enquanto níveis superiores a 25 mUI/mL são interpretados como positivos. Os valores intermediários entre 5 e 25 mUI/mL são considerados inconclusivos e devem ser confirmados após 2 a 3 dias, pois, em caso de existir a gravidez, os valores duplicam a cada 24 horas. Gestações múltiplas cursam com níveis mais elevados do que a gestação normal.

 

TPA

O TPA é achado no soro de pacientes com carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço, pulmão e bexiga, mas também é encontrado em condições benignas, processos cicatriciais, gravidez e doenças inflamatórias. Além disso, o TPA pode ser achado em 20% das doenças benignas da mama, sendo por isso não-específico para o diagnóstico ou a monitoração de câncer.

 SCC

O SCC-A, subfração do antígeno tumoral TA-4, está elevado nos carcinomas de células escamosas do útero, endométrio e em outros carcinomas da área genital. TA-4 e SCC-A também estão presentes em níveis altos em tumores de células escamosas de cabeça e pescoço, pulmão e cérvix. O SCC-A é útil na monitorização da terapia nesses tumores, mas não para o diagnóstico.

CA 15.3

O CA 15-3 é expresso durante diferenciação mamária e é encontrado em células mamárias lactentes, epitélio pulmonar, carcinoma de mama, ovário, pâncreas, estômago e fígado. Podem ser encontrados níveis baixos de CA 15-3 em condições não-malignas como hepatites crônicas, cirrose, sarcoidose, tuberculose e lúpus eritematoso sistêmico. São detectados níveis elevados de CA 15-3 em carcinomas de mama, ovário, pâncreas, estômago e fígado.

Sua utilização está indicada no acompanhamento do câncer de mama, especialmente no rastreamento da presença de metástases ósseas. Seus níveis diminuem em resposta a quimioterapia. Medidas consecutivas do CA 15-3 têm predito recaídas de câncer de mama antes da demonstração pelo exame clínico.

O antígeno CA 15-3 é uma glicoproteína presente no epitélio mamário, detectada em análises imunoenzimáticas utilizando-se anticorpos monoclonais específicos.

Elevações das concentrações séricas do CA 15-3 podem ser encontradas em torno de 23% dos pacientes com câncer primário de mama e em cerca de 40 a 50% dos pacientes com metástases. Apenas 23% dos pacientes com doença precoce apresentam elevação da concentração do CA 15-3, e cerca de 16% dos pacientes com doença benigna de mama apresentam valores alterados.

Os valores do CA 15-3 se correlacionam com a extensão e o estágio da lesão. Entretanto, na prática, essa correlação é mais bem observada na progressão do que na regressão. São encontrados percentuais de positividade com valores acima de 25 U/mL em 5% dos pacientes no estágio I, 29% no estágio II, 32% no estágio III e 95% no estágio IV.

As pacientes que desenvolvem doença metastática têm elevação de CA 15-3, que pode preceder de 2 a 9 meses os sinais clínicos. As probabilidades de progressão são respectivamente 52%, 85% e 96% para 1, 3 e 6 meses após um teste positivo. A probabilidade de não-progressão após um teste negativo é de 91%. O CA 15-3 é mais sensível do que o CEA para monitoração de recidiva, e os dois marcadores devem ser utilizados em conjunto.

Um aumento de 25% nos níveis séricos do CA 15-3 indica progressão do carcinoma em 95% dos pacientes. Uma diminuição de 25% dos níveis séricos do CA 15-3 está associada a resposta à terapia. Variações menores do que 25% são, freqüentemente, associadas a doença estável. Uma elevação nos níveis de CA 15-3 pode acontecer nas primeiras semanas de tratamento e não deve ser confundida com falha terapêutica.

Valores de CA 15-3 elevados correlacionam-se à presença de metástase óssea, mas valores normais não excluem a possibilidade de sua existência. Utilizando-se como limite (cut-off) 26 U/mL, o CA 15-3 prediz recidivas em menor período de tempo do que os métodos radiológicos e os critérios clínicos.

Como a maioria dos marcadores tumorais disponíveis, o CA 15-3 não pode ser utilizado como teste de rastreamento na população em geral. Pode estar presente em outras patologias malignas de pâncreas, pulmão, ovário e fígado. Valores alterados podem ser encontrados em uma pequena parcela da população hígida (2 a 5%), geralmente em concentrações baixas, bem próximas aos valores superiores de referência. Pacientes com condições benignas como hepatites crônicas, cirrose hepática, sarcoidose, tuberculose e lúpus eritematoso sistêmico podem apresentar concentrações séricas acima de 40 U/mL.

CA 125

O CA 125 é uma glicoproteína de alto peso molecular (>200 kD), de papel fisiológico ainda desconhecido, presente em diferentes condições benignas e malignas, sendo útil especialmente no acompanhamento dos carcinomas ovarianos.

A concentração sérica do CA 125 é superior a 35 U/mL em aproximadamente 80% das mulheres com carcinoma do ovário, 26% das mulheres com tumores benignos de ovário e em 66% de pacientes em condições não-neoplásicas, inclusive o primeiro trimestre da gravidez, fase folicular do ciclo menstrual, endometrioses, miomas uterinos, salpingites agudas, tuberculose pélvico-peritoneal, cirrose hepática, pancreatites e inflamações do peritônio, do pericárdio e da pleura.

Outros carcinomas não-ovarianos podem elevar os níveis de CA 125 como os de endométrio, pâncreas, pulmão, mama e gastrointestinais.
Somente cerca de 3% das mulheres saudáveis têm concentração sérica de CA 125 acima de 35 U/mL, e apenas 0,8%, acima de 65 U/mL.

Os níveis séricos se correlacionam com o tamanho e o estadiamento do tumor. Em pacientes com carcinoma limitado ao ovário (estágio I), apenas 50% apresentam-se positivas. Já 90% dos pacientes com carcinoma de ovário disseminado (estágios II, III e IV) apresentam concentrações séricas acima de 35 U/mL.

A combinação da avaliação do CA 125 com o exame pélvico e a avaliação por ultra-som transvaginal aumenta a sensibilidade e a especificidade do exame como teste de triagem para o câncer ovariano.
É útil também no diagnóstico diferencial de massas ovarianas palpáveis. Quanto mais altos os níveis de CA 125, maior a probabilidade de sua associação ao câncer ginecológico.

O CA 125 é usado no acompanhamento dos carcinomas ovarianos na avaliação de lesões residuais, monitoramento de recidivas e resposta à terapia. Na avaliação do aparecimento de metástases, tem a capacidade de detectar 75% dos casos. É útil também como marcador prognóstico. Um resultado negativo não exclui a presença da doença.

Os valores diminuem em torno de 3 semanas após a conduta terapêutica. Os níveis de CA 125 após a primeira etapa de quimioterapia ajudam a formulação do prognóstico. Pacientes com diminuição acima de 50% nas concentrações de CA 125 têm sobrevida de cerca de 2 anos em 45% dos casos, comparada com a previsão de 22% nos pacientes que apresentam diminuição do CA 125 inferior a 50%. Elevações acima de 60 U/mL, após o primeiro ciclo de quimioterapia, sugerem reincidência do tumor.

CALCITONINA

A calcitonina é um hormônio produzido pelas células C da tireóide e desempenha um papel na regulação do cálcio. A calcitonina está presente em altas concentrações na gravidez e em várias doenças benignas, como hipertireoidismo, doença de Paget e anemia perniciosa. Além disso, a calcitonina está elevada em neoplasias malignas específicas como câncer de mama, hepatoma, hipernefroma e câncer do pulmão, mas está notavelmente elevada no carcinoma medular da tireóide (CMT). Como um marcador tumoral para CMT, o nível de calcitonina se correlaciona com a gravidade da doença e é útil para monitorar a terapia, além de poder ser usado como triagem nas famílias com transmissão autossômica dominante de CMT.

ACIDO VANIL-MANDELICO

O ácido vanil mandélico (VMA) e o ácido homovanílico (HVA) são encontrados na urina nos casos de feocromocitoma e neuroblastoma. Os níveis pré-tratamento se correlacionam com a fase da doença, e as determinações consecutivas são úteis para o monitoramento da terapia.


PARATORMONIO

O PTH-RP (paratormônio, proteína relacionada) é secretado principalmente por tumores que cursam com hipercalcemias malignas, como carcinoma epidermóide de pulmão, carcinoma de mama e do córtex renal e outros tumores epiteliais.

 

MOLECULAS DO SISTEMA IMUNE

As imunoglobulinas monoclonais (proteínas M) foram os primeiros marcadores tumorais conhecidos. Elas são reconhecidas pela eletroforese de proteína do soro ou da urina e caracterizadas por imunofixação no soro ou na urina como imunoglobulina (IgG , IgA, IgM, IgD, IgE, ou cadeias leves livres k (kappa) ou l (lambda). As proteínas M estão presentes em quase 1% dos adultos, mas cerca de 25% dessas proteínas tem significado indeterminado. Cerca de 50% dessas proteínas M identificadas indica o diagnóstico de mieloma múltiplo. Aproximadamente 4% dos pacientes com imunoglobulinas monoclonais têm macroglobulinemia de Waldenström, doença maligna de linfócitos B que secretam grandes quantidades de IgM. Quase 15% dos pacientes com proteínas M têm doença maligna linfoproliferativa de células B, como leucemia linfocítica crônica ou linfoma.
A beta 2-microglobulina fica situada na superfície da membrana de quase todas as células nucleadas e é liberada na circulação durante turnover da membrana. A B2-M ajuda a predizer os fracassos de tratamento em pacientes com linfoma e mieloma múltiplo, guardando relação com o tamanho do tumor, e tem valor prognóstico.

ONCOGENES E PRODUTOS DE GENES COMO MARCADORES TUMORAIS

A próxima geração de marcadores tumorais descoberta deverá incluir a descoberta de mutações em oncogenes, quantificações de proteínas codificadas através desses oncogenes, ou talvez auto-anticorpos produzidos pelas oncoproteínas na translocação cromossomial, algumas das quais podem ser descobertas através de técnicas de citogenética e também através de estudos usando hibridização com sondas radioativas, inclusive bcr/abl na leucemia mielogênica crônica, bcl-2 em linfomas foliculares e myc em linfomas e outras leucemias
Genes supressores do tumor (TSGs) regulam o crescimento das células, parando sua proliferação. Mutações em TSGs conhecidas envolvidas com neoplasias incluem inativação do gene de Rb encontrado no retinoblastoma familiar, gene de APC em polipose familiar do cólon, WT-1 no tumor de Willms e p53 encontrado em uma grande variedade de tumores (epiteliais, leucemia, linfoma, sarcoma e neurogênicos). Um ensaio imunofluorimétrico para quantificação da proteína p53 tem demonstrado sua presença no câncer ovariano e no câncer de mama.

 

VASOPRESSINA

A vasopressina, também conhecida como arginina vasopressina (AVP) ou argipressina ou hormônio antidiurético (HAD, em inglês ADH, antidiuretic hormone), é um hormônio humano secretado em casos de desidratação e queda da pressão arterial; fazendo com que os rins conservem a água no corpo, concentrando e reduzindo o volume da urina. Este hormônio é chamado de vasopressina, pois aumenta a pressão sanguínea ao induzir uma vasoconstrição moderada sobre as arteríolas do corpo. O ADH atua no néfron, favorecendo a abertura dos canais de água (aquaporinas) nas células do túbulo de conexão e túbulo coletor.

A vasopressina é secretada pela neuroipófise (porção posterior da hipófise), mas é produzida por células nervosas do hipotálamo que estendem seus axônios até a neuroipófise. Os neurônios dos núcleos supraóptico e paraventricular, localizados no hipotálamo, próximos ao centro da sede, são os responsáveis pela biossíntese da vasopressina

Essas situações são caracterizadas por retenção excessiva de água e desenvolvimento de hiposmolaridade e hiponatremia. As causas de excesso de produção/efeito do ADH são:

  • Síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIHAD ou síndrome de Schwartz-Bartter): É caracterizada por excesso de produção do ADH mesmo quando não há queda da pressão arterial ou desidratação (por isso chamada secreção inapropriada), geralmente causada por desordens do sistema nervoso central, neoplasias, doenças pulmonares, HIV e medicações.
  • Situações que causam queda da pressão, redução da volemia ou desidratação, promovem aumento da secreção de ADH, podendo resultar em hiponatremia. Nesses casos a secreção está apropriada porém com efeito prolongado e excessivo do ADH. Exemplos: hipovolemia, cirurgias extensas, insuficiências adrenal, cardíaca, hepática, hipotireoidismo, uso de diuréticos e sensibilidade excessiva ao ADH.

GH – HORMONIO DO CRESCIMENTO

O hormônio do crescimento, também chamado somatotrofina ou somatotropina (ST), é uma proteína e um hormônio peptídico sintetizado e secretado pela glândula hipófise anterior. Este hormônio estimula o crescimento e a reprodução celulares em humanos e outros animais vertebrados. Niveis aumentas em tumores da hipófise.

AMINAS NEUROGENICAS

O carcinóide é um tumor, em geral formado no trato gastrointestinal, que segrega quantidades excessivas de vários tipos de neuropeptideos e aminas, com efeitos semelhantes aos hormonios. Os tumores carcinóides produzem um excesso de neuropeptideos e aminas como bradicinina, serotonina, histamina e prostaglandina. Em geral, estas substâncias controlam as funções internas do corpo; contudo, em quantidades superiores ao normal provocam os sintomas da síndrome carcinóide.

Os tumores carcinóides originam-se nas células produtoras de hormonios que revestem o intestino delgado (células entero-endócrinas) ou em outras células do trato gastrointestinal, do pâncreas, dos testículos, dos ovários ou dos pulmões. Desconhece-se a causa da formação destes tumores.

PROTEINA DE BENCE JONES

A proteína de Bence Jones (PBJ) é formada por dímeros de cadeias leves (kappa e lambda) de imunoglobulinas monoclonais encontradas na urina. A presença ou a ausência da proteína de Bence Jones na urina depende da taxa e da quantidade de síntese de cadeias leves e do estado renal do paciente.

É encontrada em 60 a 70% de pacientes com mieloma múltiplo, macroglobulinemia de Waldenstrom (30%), em 20% de doenças linfoproliferativas e também em aproximadamente 10% das gamopatias monoclonais benignas. Pode estar presente também na amiloidose sistêmica.

Aproximadamente 20% dos mielomas múltiplos secretam apenas cadeias leves livres (proteína de Bence Jones), e cerca de 50% dos pacientes com mieloma tem imunoglobulinas monoclonais no soro e cadeias leves livres na urina. A monitorização da PBJ é útil na avaliação de recidivas da doença, na transição para uma forma mais agressiva e na resposta à terapia. A presença e a quantidade de PBJ influenciam no prognóstico.

Os critérios do National Cancer Institute para avaliação de mielomas apontam como resposta objetiva uma diminuição de 50% da concentração de imunoglobulinas monoclonais no soro ou da excreção de cadeias leves na urina de 24 horas. The Southwest Oncology Group define como resposta objetiva a diminuição de 75% de imunoglobulinas monoclonais no soro (para níveis menores que 25 g/L) e diminuição de 90% de cadeias leves monoclonais na urina. As respostas devem se manter pelo menos por 4 semanas e devem ser acompanhadas por dosagens normais de cálcio sérico, valores de albumina sérica equivalentes a 30 g/L e nenhuma progressão de doença óssea. Pacientes com diminuição de 50% a 74% da produção de imunoglobulinas monoclonais têm bom prognóstico.

A proteinúria de Bence Jones tem efeito nefrotóxico. Assim, sua presença aumenta o risco de insuficiência renal. Pacientes com mieloma que secretam só proteína de Bence Jones têm prognóstico pior. Mieloma de cadeias lambda têm prognóstico pior do que os de cadeias kappa.

FOSFATASE ALCALINA PLACENTARIA OU TERMO ESTAVEL

A fosfatase alcalina placentária (PLAP) ocorre só em primatas superiores e tem alto grau de polimorfismo genético. É um dímero de subunidades de 65 kD, sintetizada na fase G1 do ciclo celular e é expressada em células germinativas primordiais e em sinciciotrofoblasto. A enzima é responsável pela hiperfosfatemia observada durante a gravidez.

PLAP pode ser separada bioquimica-, imunologica- e eletroforeticamente em 3 subtipos distintos. A isoenzima fase 1 corresponde à produzida por trofoblastos entre a 6ª e a 8ª semanas. A segunda é uma mistura de isoenzimas placentárias precoces e a termo. A fase 3 corresponde a isoenzimas produzidas desde a 13ª semana até o termo.

Níveis séricos elevados de PLAP foram encontrados em 25% dos pacientes com seminoma. Diversas isoenzimas e variedades específicas, nomeadas a partir dos pacientes em que foram identificadas, foram encontradas em vários outros tumores de diversas origens.

Historicamente, PLAP tem sido considerada o marcador de escolha para tumores de células germinativas, particularmente germinomas e seminomas. PLAP ligada a membranas tem sido documentada imunohistoquimicamente também em carcinoma embrionário, gonadoblastoma, tumor do seio endodérmico e coriocarcinoma, bem como em metástases de seminoma.

Porém, PLAP apresenta vários problemas técnicos, incluindo baixa especificidade, baixa sensibilidade, freqüente marcação inespecífica de fundo e pode levar a dificuldades de interpretação, especialmente em espécimes pequenos ou previamente congelados.

 

TRANSFERASE TERMINAL - TDT

A deoxinucleotidil-transferase terminal (TdT) é uma enzima de replicação (DNA polimerase) que se liga a desoxinucleotídeos na terminação 3’ do DNA e atua no rearranjo dos genes que codificam as imunoglobulinas e os receptores de células T. Está presente nos estágios iniciais da diferenciação celular, participando na determinação da diversidade antigênica dos receptores de células precursoras T e B por ocasião da recombinação somática.

Está nas células imaturas de neoplasias T, B e na crise blástica linfóide da leucemia mielóide crônica. Nas leucemias mielóides de crianças, a co-expressão de CD2 e TdT, em metade dos casos, está associada à falência na indução da quimioterapia. De forma genérica, todas as células B e T dos linfomas não-Hodgkin com morfologia linfoblástica são TdT positivas e usadas como marcador de diferenciação celular. TdT tem localização intranuclear, podendo ser identificada por outras técnicas, como imunofluorescência e imuno-histoquímica.

 

CYFRA 21.1

 

Cyfra 21.1 O Cyfra 21.1 é um antígeno formado por um fragmento da citoqueratina 19 encontrado no soro. Na população, o nível de Cyfra 21.1 geralmente é inferior a 3,3ng/mL, por isso seu valor de referência é 3,5ng/mL3,10.

Este marcador tem alta sensibilidade para carcinoma de células escamosas (entre 38% e 79%, de acordo com o estádio), e é um fator de prognóstico ruim no carcinoma de células escamosas do pulmão. Encontra-se elevado também em carcinoma pulmonar de pequenas células, câncer de bexiga, de cérvice e de cabeça e pescoço. Aumenta inespecificamente em algumas patologias benignas pulmonares, gastrintestinais, ginecológicas, urológicas e de mama, podendo gerar falso-positivos.

CA 72.4

O CA 72.4 é também denominado TAG-72. Este marcador tumoral tem elevada especificidade para tumores, mas sem sensibilidade de órgão. No momento do diagnóstico, cada órgão possui uma respectiva porcentagem de sensibilidade, sendo: 55% para câncer de cólon, 50% para câncer de estômago, 45% para pâncreas e trato biliar e 63% para carcinoma mucinoso de ovário.

O valor de referência para o CA 72.4 é 6U/mL. Em doenças benignas, surge em menos de 10% e em menos de 30% de outras neoplasias metastáticas que não digestivas ou ovarianas.

Este marcador tumoral é utilizado no controle de remissão e recidiva de carcinomas de trato gastrintestinal (gástrico, cólon, pâncreas e trato biliar).

CA 15.3

CA 15.3 O antígeno do câncer 15.3 é uma glicoproteína de 300-400Kd produzida pelas células epiteliais glandulares.

Seu valor normal de referência é 25U/mL. Apenas 1,3% da população sadia tem CA 15.3 elevado.

O CA 15.3 é o marcador tumoral, por excelência, do câncer de mama, pois é o mais sensível e específico, sendo superior ao CEA.

Estudos indicam que a elevação do CA 15.3 varia de acordo com o estadiamento da paciente, sendo de 5% a 30% no estádio I, 15% a 50% no estádio II, 60% a 70% no estádio III, e de 65% a 90% no estádio IV11. A sensibilidade varia de acordo com a massa tumoral e o estadiamento clínico, sendo de 88% a 96% na doença disseminada24.

Na fase inicial, apenas 23% dos casos apresentam aumento deste marcador25. Aumento superior a 25% na concentração do CA 15.3 correlaciona-se com a progressão da doença em 80% a 90% dos casos, e a diminuição em sua concentração está associada à regressão em 70% a 80%. Além disso, níveis séricos muito elevados estão associados à pior sobrevida.

A grande utilização do CA 15.3 é para diagnóstico precoce de recidiva, precedendo os sinais clínicos em até 13 meses.

Recomenda-se a realização de dosagens seriadas de CA 15.3 no pré-tratamento, 2-4 semanas após tratamento cirúrgico e/ou início da quimioterapia e repetição a cada 3-6 meses27.

Níveis elevados de CA 15.3 foram observados em várias outras neoplasias, tais como: câncer de ovário, pulmão, colo uterino, hepatocarcinoma e linfomas.

Níveis elevados de CA 15.3 são também observados em várias outras doenças, tais como: hepatite crônica, tuberculose, sarcoidose e lúpus eritematoso sistêmico.

Assim, devido à baixa especificidade e sensibilidade, o CA 15.3 não é recomendado para diagnóstico. A ASCO considera que, atualmente, não há dados suficientes para recomendar o CA 15.3 para rastreamento, diagnóstico, estadiamento ou acompanhamento após tratamento primário do câncer de mama.

 

CA 19.9

O CA 19.9 é um antígeno carboidrato de superfície celular, com peso molecular variando de 200Kd a 1000Kd, sendo também conhecido como antígeno de Lewis. É liberado na superfície da célula cancerosa e penetra na corrente sangüínea, onde pode ser detectado.

Seu valor normal de referência é 37U/mL3,11. Este marcador tumoral é indicado no auxílio ao estadiamento e à monitoração de tratamento em primeira escolha de câncer de pâncreas e trato biliar e, em segunda escolha, no câncer colorretal.

O CA 19.9 possui sensibilidade variável com a localização do tumor: pâncreas 70% a 94%, vesícula biliar 60% a 79%, hepatocelular 30% a 50%, gástrico 40% a 60% e colorretal 30% a 40%. Em menor freqüência, positiva-se também no câncer de mama, de pulmão e de cabeça e pescoço.

Algumas doenças como cirrose hepática, pancreatite, doença inflamatória intestinal e doenças auto-imunes podem elevar o CA 19.9, sem ultrapassar 120U/mL3.

No câncer de pâncreas, o CA 19.9 tem especificidade de 81% a 94%, sendo utilizado no diagnóstico diferencial de câncer de pâncreas e de pancreatite. Há um aumento de CA 19.9 em cerca de 99% dos casos de câncer de pâncreas, enquanto nas pancreatites crônicas é 4% a 10% e nas pancreatites agudas, 23%29,30. Atualmente, parece ser um dos marcadores mais sensíveis e específicos usados para o diagnóstico diferencial do câncer de pâncreas e de vesícula, apresentando 79,4% de sensibilidade e 79,2% de especificidade quando maior do que 20U/mL.

No momento, a maior aplicabilidade de uso do CA 19.9 é a de avaliar resposta à quimioterapia do câncer de pâncreas, já que a utilização de métodos de imagem é bastante limitada para este fim. No tocante ao câncer colorretal, dados atuais são insuficientes para recomendar o uso rotineiro do CA 19.9 para rastreamento, diagnóstico e para monitorização do tratamento de pacientes portadores desta neoplasia.

CA 27.29

O antígeno do câncer 27.29, à semelhança do CA 15.3, também não tem sensibilidade e especificidade suficientes para ser utilizado como um teste diagnóstico, tendo sido liberado pelo FDA para a detecção de recorrência de câncer de mama.

Quando utilizado com este fim, possui sensibilidade de 58% e especificidade de 98%, e seu valor de referência é até 38U/mL3. Então, a indicação do CA 27.29 fica limitada ao seguimento de pacientes com diagnóstico dessa neoplasia.

Sua maior vantagem é possibilitar a detecção precoce de recorrências, permitido tempo suficiente para decisões terapêuticas apropriadas, sendo considerado melhor do que o CA 15.3 para esta finalidade. Este marcador apresenta também boa correspondência com o curso da doença havendo, em geral, um paralelo entre sua concentração sérica e a atividade da doença.

 

CAM 26 E CA M29

São membros de uma família de glicoproteinas polimórficas mucin-like.

As moléculas de adesão celular (CAMs) são glicoproteínas expressas na superfície celular, onde medeiam o contato entre duas células (ambas homotípicas e interações heterotípicas) ou entre células e a matriz extracelular. O processo de adesão é essencial e ocorre em vários eventos biológicos como: morfogênese, crescimento, organização e estabilidade teciduais, inflamação, resposta do hospedeiro às infecções e injúria, cicatrização e resposta imunocelular.

As CAMs funcionam ainda como moléculas sinalizadoras e têm participação essencial na regulação da inflamação e resposta imune, como ocorre na asma. As CAMs são responsáveis pela adesão intercelular, adesão celular ao epitélio e ao endotélio, recrutamento e migração seletiva de células inflamatórias dos vasos sangüíneos até o local da inflamação.

 

CONSIDERAÇÕES

Como já citado, não há nenhum marcador tumoral perfeito, e, por isso, não devem ser usados para screening da presença de neoplasias malignas.

O PSA é atualmente o único marcador aprovado pelo FDA, em combinação com o toque retal para triagem para câncer de próstata. A calcitonina pode ser usada como um teste de screening para câncer em famílias de pacientes com carcinoma medular da tireóide.

Vários testes são eficazes no diagnóstico diferencial de tumores específicos. A AFP e beta-HCG são úteis no diagnóstico diferencial de tumores de células germinativas não-seminomas, quando utilizadas na colocação clínica apropriada. O CA 125 é usado na avaliação de massas ovarianas, mas com reservas. Embora CA125 tenha se mostrado elevado antes da descoberta clínica de câncer ovariano, menos de 50% dos pacientes com doença inicial apresentam elevações nos níveis de CA 125. Por outro lado, em mulheres na pré-menopausa, várias condições benignas são associadas a elevações moderadas de CA 125.

Proteínas M detectadas por eletroforese de proteína no soro não são úteis para screening para mieloma, porque só 50% dos pacientes que apresentam proteína monoclonal têm mieloma múltiplo.

O diagnóstico, o prognóstico e a monitorização da terapia dependem não só da descoberta de uma proteína monoclonal mas também da caracterização do tipo de imunoglobulina. Pacientes com mieloma IgA apresentam taxa de sobrevida significativamente reduzida e complicações mais severas da doença do que os pacientes com mieloma IgG ou doença de cadeias leves.

Os marcadores tumorais citados têm aplicabilidade na monitorização da progressão da doença ou da eficácia da terapia.

A freqüência da monitorização não é padrão, mas uma freqüência apropriada deveria testar mensalmente no período pós-operatório, durante os primeiros 6 meses, a cada 2 meses durante mais 6 meses, trimestralmente durante o ano seguinte e 2 vezes ao ano nos anos subsequentes

 

 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1)“Serum lactate dehydrogenase in neoplastic disease”, José Luiz Brandt de Carvalho, Hospital da Criança – USP.1992
3) Silva Junior, Cyro Teixeira da; Cardoso, Gilberto Perez; Araujo, Elizabeth Giestal de “Avaliação preliminar da enolase neurônio-específica para o diagnóstico diferencial na síndrome do derrame pleural” / “Preliminary avaliation of neuron specific enolase for the differential”, Pulmão RJ;17(1):13-17, 2008
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8) Hattab EM. Germ Cell Tumors. In Perry A, Brat DJ. Practical Surgical Neuropathology. Churchill Livingstone Elsevier, 2010. pp 344-5.
10) Ferraz, Maria Lucia; Andriolo, Adagmar; “Marcadores tumorais bioquímicos”; Departamento de Medicina da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP, Artigo de Revisão, 2010
11) Calabrich, A F; “Câncer Metastático de Sítio Primário Oculto”; Clínica Médica: dos Sinais e Sintomas ao Diagnóstico e Tratamento. Barueri: Manole, 2007.
12) Koifman, Sergio; "Fatores Prognósticos no câncer da mama feminina”, Rev. Bras de Cancerologia, 2002
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