Diretriz
de bloqueios anestésicos em vários níveis e vias de administração.
Levantamento bibliográfico e análise da literatura:
Realizadas pesquisas no MEDLINE, National Guidelines
Clearinghouse, EBM online,
MDConsult e Biblioteca Cochrane por estudos com desenho
metodológico adequado e de boa
qualidade, sendo estes:
1) Revisão sistemática da literatura (RS) homogênea de estudos
clínicos randomizados
2) Ensaios clínicos randomizados que comparassem o procedimento proposto
com outro tipo
de tratamento clínico ou, eventualmente, cirúrgico.
3) Diretrizes clínicas baseadas em evidências
São apresentados abaixo o resumo das informações obtidas:
Bloqueio
Anestésico de Nervos Cranianos
Cefaléias rebeldes
Neuralgias faciais atípicas
Neuralgia do trigêmio
Nenhuma diretriz clínica ou RS para cada uma das indicações citadas.
Foram encontrados 2 estudos randomizados (1, 2) sobre bloqueio
craniano para tratamento de neuralgia do
trigêmio, porém em nenhum deles houve comparação com tratamento clínico.
Bloqueio
Anestésico Plexo Celíaco
Absolutas:
Dor abdominal oncológica
Dor de manutenção simpática
Pancreatite crônica.
Relativas:
Orquialgias
Dor pélvica crônica
Foi encontrada 1 diretriz clínica baseada em consenso (3) que indica
o bloqueio de plexo celíaco em tumores pancreáticos irressecáveis, no momento
da cirurgia para prevenir ou controlar dor.
Foi encontrado 1 ECR (4) com pequeno número de pacientes, que
comparou o bloqueio de plexo celíaco com pancreaticogastrostomia para dor
secundária a pancreatite crônica, não mostrando diferenças no controle da dor
após os procedimentos e que após 6 meses, o grupo submetido a pancreaticogastrostomia
possuía significativamente menos dor que o grupo do bloqueio de plexo celíaco.
Foram ainda encontrados 2 ECR (5, 6) que comparam diferentes técnicas
de bloqueio de plexo celíaco.
Não foram encontrados ECRs para as outras indicações citadas.
Bloqueio
Anestésico Simpático Cérvico- Torácico
Absolutas:
Doença de Raynaud
Embolia arterial MMSS
Injeção acidental de droga intra-arterial
Síndrome de Meniere
Herpes Zoster agudo
Neuralgia pós-herpética
Síndrome dolorosa regional complexa I e II
Embolia pulmonar
Foram encontradas 3 diretrizes clínicas baseadas em consensos (7-9)
que citam bloqueios simpáticos como um dos possíveis tratamentos da síndrome
dolorosa regional, além de fisioterapia, terapia medicamentosa seqüencial,
modalidades psicossociais, terapia ocupacional, simpatectomia, placebo,
estimulação de cordão espinhal e bomba de morfina.
Foram encontradas 2 RS (10, 11) sobre tratamento de herpes zoster
e neuralgia pós- herpética. No caso de Kumar e colaboradores (11), a RS se
limitou a avaliar diferentes intervenções anestésicas (bloqueios epidurais,
intratecais e simpáticos) com várias substâncias injetadas (anestésico local – AL,
AL + corticóide). Nela, os autores concluem a necessidade
de ECRs para validação de sua eficácia.
A outra revisão (10) avaliou os tratamentos existentes, o que levou
à síntese de evidência para os
tratamento medicamentoso que se mostraram eficazes.
Referem ainda que bloqueios simpáticos com bupivacaína
possivelmente são úteis nos casos
refratários, porém não existem ECRs adequados para mensurar este
efeito.
Foi encontrada 1 RS sobre síndrome dolorosa regional complexa do
tipo II (12) que avaliou causas, sintomas e evolução da doença, em 1528 casos
de causalgia.
Esta revisão não avaliou estudos de qualidade e concluiu que os
bloqueios simpáticos levaram a uma resposta em 88% dos indivíduos, porém não menciona
tempo, quantificação desse efeito ou redução de necessidade cirúrgica. Refere
ainda que, dos pacientes submetidos à simpatectomia, 94% foram curados.
Não foram encontradas outras RS ou ECRs comparando o bloqueio e
terapia medicamentosa para as demais indicações citadas.
Bloqueio
Anestésico Simpático Lombar
Absolutas:
Insuficiência circulatória de MMII
Cólica renal
Síndrome dolorosa complexa I e II
Dor urogenital intratável
Dor do membro fantasma
Relativas:
Acrocianose
Hiperhidrose
Foram encontradas 3 diretrizes clínicas baseadas em consensos (7-9)
que citam bloqueios simpáticos como um
dos possíveis tratamentos da síndrome dolorosa regional, além de fisioterapia, terapia
medicamentosa seqüencial, modalidades psicossociais, terapia ocupacional,
simpatectomia, placebo, estimulação de cordão espinhal e bomba de morfina.
Foi encontrada 1 RS sobre síndrome dolorosa regional complexa do
tipo II (12) que avaliou causas, sintomas e evolução da doença, em 1528 casos
de causalgia.
Esta revisão não avaliou estudos de qualidade e concluiu que os
bloqueios simpáticos levaram a uma resposta em 88% dos indivíduos, porém não menciona
tempo, quantificação desse efeito ou redução de necessidade cirúrgica. Refere
ainda que, dos pacientes submetidos à simpatectomia, 94% foram curados.
Não foram encontrados ECRs com desenho metodológico adequado que
avaliasse o bloqueio anestésico simpático lombar para as indicações propostas
na normatização.
Bloqueio Peridural ou Subaracnóideo com corticóide
Absolutas:
Lombociatalgias
Dorsalgias
Cervicobraquialgias
Hérnia discal
Relativas:
Herpes Zoster
Fibromialgia
Não foi encontrada nenhuma diretriz clínica sobre este tema, para
nenhuma das indicações citadas. Não foi
encontrado ECR comparando o bloqueio peridural ou subaracnóideo com tratamento
medicamentoso para nenhuma das indicações citadas.
No caso da fibromialgia, nenhum estudo sobre bloqueio peridural ou
subaracnóideo como terapêutica foi encontrado.
Bloqueio
de Nervo Periférico
Absolutas:
Herpes Zoster
Neurites
Radiculopatias periféricas
Síndrome do túnel do carpo
Síndrome piriforme
Ciatalgia
Neuralgia
Ombro doloroso,
Neuropatias periféricas
Cefaléias
Foram encontradas 2 diretrizes clínicas baseadas em consenso (13,
14) que citaram o bloqueio de nervo periférico como uma possível modalidade de
tratamento não cirúrgico, juntamente com o uso de antiinflamatório não
esteroidal, corticóide, agentes esclerosantes e fisioterapia para neuroma
intermetatársico e esporão de calcâneo.
Foram encontradas 2 ECRs (1, 15) com desenho metodológico inadequado
para avaliar a real eficácia do procedimento, comparado a outros tipos de
tratamento. Nestes estudos, não houve comparação com outra modalidade de
tratamento, tanto clínico quanto cirúrgico.
Não foram encontradas RS ou ECR adequados para qualquer outra indicação
citada na proposta.
Bloqueio
de Prova com cateter peridural ou subaracnóideo e analgesia por dia subseqüente
Dor intratável de qualquer etiologia (principalmente oncológica)
Pós-operatório
Foi encontrada uma diretriz clínica de 2002 para o manejo da dor
pós-operatória, baseada em evidência (16).
Foram encontradas cinco RS da literatura sobre analgesia epidural
em manejo de dor no pós-
operatório (17-21) mostrando que a analgesia epidural se mostra de
eficácia igual ou superior e com segurança suficiente para controlar melhor a
dor no período de pós-operatório de cirurgias de grande porte quando comparada
a analgesia sistêmica, com administração parenteral de analgésicos ou opióides.
Existem ainda dados que sugerem que a analgesia epidural pode
reduzir morbidades relacionadas com alguns sítios de cirurgia, como IAM e
pneumonias, trazendo maior benefício ao usuário e talvez redução de custos secundários,
apesar de ainda não existirem dados suficientes para concluir esta afirmação.
Ainda não existem evidências quanto ao período de tempo
póscirúrgico mais eficiente para analgesia epidural.
Foi encontrado ainda 1 RS sobre bloqueio epidural, subaracnóideo e
intracerebroventricular com opióide em pacientes com dor oncológica (22)
refratários ao tratamento sistêmico.
Os pesquisadores encontraram excelente controle de dor em média de
72% no grupo epidural e 62% no grupo subaracnóideo.
Foram encontradas 2 diretrizes clínicas baseadas em evidências (23,
24) que consideram que apesar da ausência de estudos de boa qualidade, as
intervenções anestésicas, incluindo os bloqueios peridurais e subaracnóideos,
podem ser uma opção se o paciente for refratário ao tratamento sistêmico.
Bloqueio
Neurolítico de nervos Cranianos ou Cérvico-Torácico
Absolutas:
Neuralgia do trigêmio
Neuralgia facial atípica
Neoplasias nas áreas dos nervos citados
Neuralgia occipital
Dor pós-toracotomia
Neuralgias segmentares
Neuralgia pós-herpéticas
Não foi encontrada nenhuma diretriz clínica sobre este tema, para
nenhuma das indicações
citadas. Não foi encontrado ECR comparando o bloqueio neurolítico
de nervos cranianos ou cérvico-torácico com tratamento medicamentoso para
nenhuma das indicações citadas.
Bloqueio
Neurolítico Peridural ou Subaracnóideo
Absolutas:
Dor oncológica intratável
Neuralgia pós-herpética
Não foi encontrada nenhuma diretriz clínica sobre este tema, para
nenhuma das indicações citadas. Não foi encontrado ECR comparando o bloqueio
neurolítico de nervos cranianos ou cérvico-torácico com tratamento medicamentoso
para nenhuma das indicações citadas.
Bloqueio
Neurolítico do Plexo Celíaco, Simpático lombar ou Torácico
As mesmas dos bloqueios anestésicos
Não foram encontradas diretrizes clínicas ou RS sobre bloqueio neurolítico.
Foram encontrados 3 ECRs (25-27) sobre bloqueio neurolítico do
plexo celíaco para alívio de dor em pacientes com câncer pancreático avançado.
O de melhor desenho metodológico, com maior número de pacientes (100 no total)
e avaliação de qualidade de vida e sobrevida comparou o bloqueio neurolítico do
plexo celíaco com terapia analgésica sistêmica associada à injeção sham (placebo).
O estudo mostra que apesar da menor intensidade de dor dos pacientes submetidos
ao bloqueio neurolítico, o consumo de opióide, freqüência de efeitos adversos
relacionados aos opióides e qualidade de vida não foram diferentes entre os
grupos. Após 6 semanas, menos pacientes do grupo de bloqueio referiram dor
moderada a grave comparado ao grupo de terapia sistêmica (14% vs 40%, p=0,005).
Não foram encontrados outros ECR que avaliassem o bloqueio neurolítico
com outro tipo de tratamento para as outras indicações citadas.
Anestesia
Geral ou Condutiva para realização de Bloqueio Neurolítico Para controle de dor
pela injeção de álcool ou fenol em bloqueio neurolítico
Nenhuma diretriz, RS ou ECR encontrada. Este procedimento está
diretamente ligado às condições mencionadas no item anterior.
Bloqueio
simpático por via venosa
Absolutas:
Polineuropatias
Neuropatias periféricas
Sindromes dolorosas miofaciais
Fibromialgia
Poliartralgias
Dores vasculares
Dores reumáticas
Lombalgias
Cervicalgias crônicas
Síndrome dolorosa complexa regional tipo I e II
Relativa:
Dor crônica intratável
Foram encontradas 2 diretrizes clínicas (7, 8) que citam bloqueio simpático
intravenoso para síndrome dolorosa regional. Nela existe a referência de que a
fentolamina endovenosa, um antagonista adrenérgico alfa, tem sido defendida
como teste diagnóstico para dor simpateticamente mantida. No entanto, resultados
falso-negativos chegam a até 43%. É um procedimento válido como opção
terapêutica nas situações onde um bloqueio simpático não é possível ou quando
múltiplas extremidades estão envolvidas.
Outra técnica envolve a injeção de agentes bloqueadores simpáticos
(p.ex. guanetidina, bretílium e clonidina) numa extremidade e limitar sua
circulação para o organismo através da colocação de um torniquete. Esta técnica
não possui evidência de ser mais eficaz do que o bloqueio simpático usual para
o diagnóstico e tratamento da síndrome dolorosa complexa regional.
Uma RS (28) avaliou a qualidade metodológica de 21 estudos que
avaliaram bloqueadores simpáticos, inclusive 9 estudos sobre bloqueio simpático
intravenoso. A revisão conclui que não se conseguiu estabelecer efeitos
analgésicos significativos devido a qualidade metodológica ruim dos estudos.
Foram encontrados 4 ECRs (29-32) que avaliaram bloqueio simpático
intravenoso para a síndrome dolorosa regional complexa do tipo I.
No maior estudo, Livinsgtone e colaboradores (29) avaliaram 57 pacientes
que foram randomizados para receber 15mg de guanetidina ou solução salina em
intervalos semanais. O efeito analgésico foi avaliado em 24horas, 48 horas e 1
semana. Não houve diferença significativa no número de infusões administradas.
O grupo da guanetidina apresentou mais
intensidade de dor na mão afetada (p=0,025) e após seis meses possuíam
maior instabilidade vasomotora (p<0,001) comparado com o grupo controle.
Nenhuma diferença foi encontrada comparando o bloqueio simpático
intravenosos com guanetidina em outros dois ECRs menores (30, 32).
Um ECR avaliou o bretilium regional intravenoso associado à lidocaína
comparado com lidocaína isolada mostrando que a associação é mais eficaz do que
lidocaína sozinha, com mais de 30% de alívio de dor por uma média de 20 dias,
sendo que a o efeito da lidocaína durou menos de 3 dias.
Um ECR com 28 pacientes (33) avaliou o bloqueio simpático com
guanetidina em fibromialgia.
Foram comparados o bloqueio simpático (n=8) com placebo (n=10) e
bupivacaína intramuscular (n=10). Houve redução do número de pontos dolorosos e
de gatilho, mas não houve efeito na dor de repouso.
Foi encontrado um ECR sobre guanetidina intravenosa para tratamento
de artrite reumatóide. Com inclusão de 24 pacientes e duração de 14 dias a
guanetidina reduziu dor comparado ao placebo.
Não foram encontrados outros estudos com metodologia adequada que
avaliasse o bloqueio simpático intravenoso para as outras indicações relatadas
na normatização.
Bloqueio
de Articulação Têmporo-Mandibular (ATM)
Absolutas:
Dor por disfunção têmporo-mandibular
Bloqueio facetário
Síndrome facetaria lombar, cervical e torácica
Foi encontrada uma diretriz clínica baseada em consenso
sobreespondiloartropatia (34) que cita o bloqueio facetário como um tratamento
injetável para facilitar o tratamento de atividade física, juntamente com
bloqueio seletivo de raízes nervosas, bloqueio de pares e epidural com
esteróides.
Foram encontrados dois estudos randomizados sobre bloqueio facetário
(35, 36). No maior deles, 86 pacientes que possuíam dor lombar crônica refratária
foram randomizados para receber injeção na articulação facetária ou bloqueio do
nervo facetário.
Não houve diferença na resposta imediata.
A duração da resposta após a injeção foi marginalmente mais longa
do que a do bloqueio facetário (P<0,05, 1 mês após a infiltração), porém em
ambos os grupos a resposta foi de curto-prazo: após 3 meses, somente 2
pacientes referiam manutenção do alívio de dor.
Infiltração
medicamentosa de pontos de gatilho
Fibromialgia
Síndrome miofascial
dolorosa
Foi encontrada uma diretriz clínica sobre fibromialgia que cita infiltração
medicamentosa em pontos de gatilho, sendo este procedimento considerado terapia
invasiva sem eficácia documentada, mesmo a curto-prazo, não sendo recomendado
sua utilização pela diretriz (37). Não foram encontradas outras diretrizes,
revisões sistemáticas ou estudos clínicos que avaliassem a infiltração em
pontos de gatilho para tratamento de fibromialgia ou síndrome miofascial.
Conclusão:
Com base na literatura encontrada concluímos que existem
evidências de que:
1) Analgesia epidural pós-operatória se mostra de eficácia
superior e com segurança suficiente para controlar melhor a dor no período de
pós-operatório de cirurgias de grande porte quando comparada a analgesia
sistêmica, com administração parenteral de analgésicos ou opióides.
2) Terapia com opióide neuroaxial é efetiva e segura para
tratamento de dor oncológica refratária a tratamento sistêmico. Sua segurança a
longo prazo é comprometida por problemas associados com os cateteres.
3) Bloqueio neurolítico do plexo celíaco no tratamento de câncer
pancreático irressecável é eficaz em reduzir significativamente a intensidade
de dor, porém sem impacto na qualidade de vida, uso de opióide e freqüência de
efeitos adversos relacionados aos opióides.
Não foram encontrados estudos com metodologia adequada, podendo
ser consideradas experimentais as seguintes indicações:
1) Bloqueio Anestésico de nervos cranianos para: cefaléias
rebeldes, neuralgias faciais e neuralgia do trigêmio.
2) Bloqueio anestésico do Plexo Celíaco: dor abdominal oncológica,
dor de manutenção simpática, pancreatite crônica, orquialgias e dor pélvica
crônica.
3) Bloqueio Anestésico Simpático Cérvico-Torácico para: Doença de
Raynaud, embolia arterial de MMSS, injeção acidental de droga intra-arterial,
síndr. de Meniere, Herpes Zoster agudo, neuralgia pós-herpética, síndr.
dolorosa regional complexa I e II e embolia pulmonar.
4) Bloqueio Anestésico Simpático Lombar para: Insuficiência
circulatória de MMII, cólica renal, síndrome dolorosa complexa I e II, dor
urogenital intratável, dor do membro fantasma, acrocianose e hiperhidrose.
5) Bloqueio Peridural ou Subaracnóideo com corticóide:
Lombociatalgias, dorsalgias, cervicobraquialgias, hérnia discal, Herpes Zoster
e fibromialgia.
6) Bloqueio de Nervo Periférico: Herpes Zoster, neurites,
radiculopatias periféricas, síndrome do túnel do carpo, síndrome piriforme,
ciatalgia, neuralgia, ombro doloroso, neuropatias periféricas e cefaléias.
7) Bloqueio Neurolítico de nervos Cranianos ou Cérvico-Torácico
para: Neuralgia do trigêmio, neuralgia facial atípica, neoplasias nas áreas dos
nervos citados, neuralgia occipital, dor pós-toracotomia, neuralgias
segmentares e neuralgia pós-herpéticas.
8) Bloqueio Neurolítico Peridural ou Subaracnóideo para: Dor
oncológica intratável e neuralgia pós-herpética.
9) Bloqueio neurolítico do plexo celíaco e simpático lombar ou
torácico para: dor de manutenção simpática, pancreatite crônica, orquialgias,
dor pélvica crônica, insuficiência circulatória de MMII, cólica renal, síndrome
dolorosa complexa I e II, dor urogenital intratável, dor do membro fantasma,
acrocianose, hiperhidrose, doença de Raynaud, embolia arterial de MMSS, injeção
acidental de droga intra-arterial, síndr. de Meniere, Herpes Zoster agudo, neuralgia
pós-herpética e embolia pulmonar.
10) Bloqueio Simpático por via venosa para: Polineuropatias,
neuropatias periféricas, síndromes dolorosas miofaciais, fibromialgia,
poliartralgias, dores vasculares, dores reumáticas, lombalgias, cervicalgias
crônicas e dor crônica intratável.
11) Bloqueio da Articulação Têmporo-mandibular (ATM) para:
disfunção da ATM.
12) Bloqueio facetário para tratamento de: dor cervical, torácica
e lombar.
13) Infiltração de pontos de gatilho para: fibromialgia e síndrome
miofascial dolorosa.
14) Rizotomia percutânea por radiofreqüência para: Síndrome
facetaria lombar e cervical, dor oncológica, simpatectomia, dor oncológica
abdominal, pancreatite crônica, hiperhidrose, dor isquêmica.
Foram encontradas evidências que a intervenção proposta é ineficaz
em:
1) Bloqueio simpático intravenoso com guanetidina no tratamento da
síndrome dolorosa
regional complexa do tipo I
2) Rizotomia percutânea por radiofreqüência para: dor discogênica.
Referências:
1. Bittar GT, Graff-Radford SB. The effects
of streptomycin/lidocaine block on trigeminal neuralgia: a double blind
crossover placebo controlled study. Headache 1993;33(3):155-60.
2. Stajcic Z, Juniper RP, Todorovic L.
Peripheral streptomycin/lidocaine injections versus lidocaine alone in the
treatment of idiopathic trigeminal neuralgia. A double blind controlled trial.
J Craniomaxillofac Surg 1990;18(6):243-6.
3. SSAT. Surgical treatment of pancreatic
cancer. Society for Surgery of the Alimentary Tract
2004:3p.
4. Madsen P, Hansen E. Coeliac plexus
block versus pancreaticogastrostomy for pain in chronic pancreatitis. A
controlled randomized trial. Scand J Gastroenterol 1985;20(10):1217-
20.
5. Savader SJ, Bourke DL, Venbrux AC,
Trerotola SO, Grass JA, Lund GB, et al. Randomized double-blind clinical trial
of celiac plexus block for percutaneous biliary drainage. J Vasc Interv Radiol
1993;4(4):539-42.
6. Ischia S, Ischia A, Polati E, Finco G.
Three posterior percutaneous celiac plexus block techniques. A prospective,
randomized study in 61 patients with pancreatic cancer pain. Anesthesiology
1992;76(4):534-40.
7. RSD/CRPS IRFf. Reflex sympathetic
dystrophy/complex regional pain syndrome clinical practice guidelines - third
edition. International Research Foundation for RSD/CRPS 2003:48p.
8. RSDSA. Clinical practice guideline
(second edition) for the diagnosis, treatment, and manegement of reflex
sympathetic dystrophy/complex regional pain syndrome (RSD/CRPS). Reflex
Sympathetic Dystrophy Syndrome Association (RSDSA) 2002:46p.
9. Industries WSDoLa. Complex regional
pain syndrome (CRPS). Washington State Department of Labor and Industries 2002:9p.
10. Alper BS, Lewis PR. Treatment of
postherpetic neuralgia: a systematic review of the literature. J Fam Pract
2002;51(2):121-8.
11. Kumar V, Krone K, Mathieu A. Neuraxial
and sympathetic blocks in herpes zoster and postherpetic neuralgia: an
appraisal of current evidence. Reg Anesth Pain Med 2004;29(5):454- 61.
12. Hassantash SA, Afrakhteh M, Maier RV.
Causalgia: a meta-analysis of the literature. Arch Surg
2003;138(11):1226-31.
13. Surgery AoAFaA. Intermetatarsal neuroma. Academy of Ambulatory Foot and Ankle Surgery
2003:6p.
14. Surgery AoAFaA. Heel spur syndrome.
Academy of Ambulatory Foot and Ankle Surgery 2003:6p.
15. Tajiri K, Takahashi K, Ikeda K, Tomita
K. Common peroneal nerve block for sciatica. Clin Orthop 1998(347):203-7.
16. Barson P. Clinical practice guideline
for the management of postoperative pain. National Guideline Clearinghouse
2002.
17. Ballantyne JC, Carr DB, deFerranti S,
Suarez T, Lau J, Chalmers TC, et al. The comparative effects of postoperative
analgesic therapies on pulmonary outcome: cumulative meta-analyses of
randomized, controlled trials. Anesth Analg 1998;86(3):598-612.
18. Beattie WS, Badner NH, Choi PT.
Meta-analysis demonstrates statistically significant reduction in postoperative
myocardial infarction with the use of thoracic epidural analgesia. Anesth Analg
2003;97(3):919-20.
19. Block BM, Liu SS, Rowlingson AJ, Cowan
AR, Cowan JA, Jr., Wu CL. Efficacy of postoperative epidural analgesia: a
meta-analysis. Jama 2003;290(18):2455-63.
20. Choi PT, Bhandari M, Scott J, Douketis
J. Epidural analgesia for pain relief following hip or knee replacement.
Cochrane Database Syst Rev 2003(3):CD003071.
21. Jorgensen H, Wetterslev J, Moiniche S,
Dahl J. Epidural local anaesthetics versus opioid-based analgesic regimens for
postoperative gastrointestinal paralysis, PONV and pain after abdominal surgery
(Cochrane Review). The Cochrane Library 2005(1).
22. Ballantyne JC, Carwood CM. Comparative
efficacy of epidural, subarachnoid, and intracerebroventricular opioids in
patients with pain due to cancer (Cochrane Review). The Cochrane Library
2005(1).
23. Health SMo. Cancer Pain. Singapore
Ministry of Health 2003:88p.
24. SIGN. Control of pain in patients with
cancer. A national guideline. SIGN publication
2000:61p.
25. Wong GY, Schroeder DR, Carns PE,
Wilson JL, Martin DP, Kinney MO, et al. Effect of neurolytic celiac plexus
block on pain relief, quality of life, and survival in patients with unresectable
pancreatic cancer: a randomized controlled trial. Jama 2004;291(9):1092-9.
26. Rykowski JJ, Hilgier M. Efficacy of
neurolytic celiac plexus block in varying locations of pancreatic cancer:
influence on pain relief. Anesthesiology 2000;92(2):347-54.
27. Polati E, Finco G, Gottin L, Bassi C,
Pederzoli P, Ischia S. Prospective randomized double-blind trial of neurolytic
coeliac plexus block in patients with pancreatic cancer. Br J Surg
1998;85(2):199-201.
28. Perez RS, Kwakkel G, Zuurmond WW, de Lange
JJ. Treatment of reflex sympathetic dystrophy (CRPS type 1): a research
synthesis of 21 randomized clinical trials. J Pain Symptom Manage
2001;21(6):511-26.
29. Livingstone JA, Atkins RM. Intravenous
regional guanethidine blockade in the treatment of post-traumatic complex regional pain
syndrome type 1 (algodystrophy) of the hand. J Bone Joint Surg Br
2002;84(3):380-6.
30. Jadad AR, Carroll D, Glynn CJ, McQuay
HJ. Intravenous regional sympathetic blockade for pain relief in reflex
sympathetic dystrophy: a systematic review and a randomized, double-blind
crossover study. J Pain Symptom Manage 1995;10(1):13-20.
31. Hord AH, Rooks MD, Stephens BO, Rogers
HG, Fleming LL. Intravenous regional bretylium and lidocaine for treatment of
reflex sympathetic dystrophy: a randomized, doubleblind study. Anesth Analg
1992;74(6):818-21.
32. Blanchard J, Ramamurthy S, Walsh N,
Hoffman J, Schoenfeld L. Intravenous regional sympatholysis: a double-blind
comparison of guanethidine, reserpine, and normal saline. Jpain Symptom Manage 1990;5(6):357-61.
33. Bengtsson A, Bengtsson M. Regional
sympathetic blockade in primary fibromyalgia. Pain 1988;33(2):161-7.
34. North, American, Spine, Society.
Spondylolysis, lytic spondylolisthesis and degenerative spondylolisthesis
(SLD). North American Spine Society phase III clinical guidelines for
multidisciplinary spine care specialists 2000:106p.
35. Marks RC, Houston T, Thulbourne T.
Facet joint injection and facet nerve block: a randomised comparison in 86
patients with chronic low back pain. Pain 1992;49(3):325-8.
36. North RB, Kidd DH, Zahurak M,
Piantadosi S. Specificity of diagnostic nerve blocks: a prospective, randomized
study of sciatica due to lumbosacral spine disease. Pain 1996;65(1):77- 85.
37. Industries WSDoLa. Fibromyalgia.
Washington State Department of Labor and Industries 2002:5p.
38. Niemisto L, Kalso E, A. M, Seitsalo S,
Hurri H. Radiofrequency denervation for neck ans back pain. The Cochrane
Library 2005(1).